domingo, janeiro 06, 2013

Retrospectiva

Fim/começo de ano é sempre a mesma coisa, pensar no que se fez ou se deixou de fazer e fazer planos. Resumidamente 2012 foi um ano muito confuso, contraditório, difícil e emocionalmente cansativo. Me arrastei para terminar um curso que há tempos não tenho mais paixão nem interesse. Contraditoriamente, consegui um estágio que adorei, trabalhava até em casa. Percebi que não tenho praticamente amigos, que a vida se encarregou de levar os poucos que me empenhava em manter. Tive duas crises de depressão que quase ninguém percebeu ou se importou. 
Fiz duas viagens ótimas:
São Paulo em setembro


Pernambuco em novembro
Fui ainda para Belém em novembro mas foi tão rápido que nem conta.
Agora, me despedi do meu querido estágio, estou me formando e não sei o que fazer. Tenho ainda um curso de Letras esquecido, um desejo de fazer algo numa área criativa (cheguei a fazer vestibular pro curso de Design) mas ainda tenho dúvidas sobre "jogar fora" meu diploma, me dedicar a "ganhar dinheiro" nessa área e deixar pra ser feliz depois de aposentada (se chegar até lá), me dedicar à prova de admissão da carreira diplomática (sonho antigo), ou jogar tudo pro alto e virar hippie.
Sinceramente, se eu soubesse o que fazer não estaria tão ruim. Acho que prefiro a decepção de não conseguir algo que queria do que a incerteza, a indecisão, a falta de rumo.
Simplesmente sou um barco a deriva e qualquer iceberg ou tormenta vai me afundar.

terça-feira, agosto 02, 2011

July song

Mais de uma semana da morte da Amy é que eu finalmente resolvi ouvi-la. Aquela voz que me fez companhia nos últimos 3 anos em vários momentos, importantes ou não. Sim, eu me considero fã dela. Não por saber onde ela morava, o que ela fazia ou deixava de fazer quando não estava gravando músicas novas ou no palco, por acompanhar seus momentos de fraqueza (que eram muitos). Era fã daquela alma sofrida, que conseguia de uma forma belíssima transformar dor, amor, sofrimento, paz em músicas.

Confesso que fiquei bem triste quando soube de sua morte, depois da fase de não acreditar que poderia ser verdade. Tinha visto há poucos dias um vídeo da Dionne em que ela aparecia dançando daquele jeito desengonçado que sempre me fazia rir. Desde então evitei saber das notícias, de ouvir suas músicas.

Mas hoje quando pus meu cd favorito dela, o “Frank (2006)”, não senti mais aquela tristeza, mas uma felicidade que no início não entendi, mas logo percebi que era porque eu sabia que finalmente ela conseguiu a paz de espírito que ela sempre procurou (na maior parte das vezes nos lugares errados).

Lembrei de quando fiz um photoshoot inspirado no estilo dela; quando saío com aquela maquiagem característica; quando esqueci meu celular na sala de aula e não lembrava e pedi para me ligarem e “Know you know” ficou tocando durante quase toda aula de Direito Financeiro (porque eu não estava na sala); que eu nunca tiro as músicas dela do meu celular mas nunca enjoo.

Detesto pensar na morte com tristeza, é algo certo, que todos sabemos que irá acontecer, mas nos apegamos demais e achamos errado se sentir bem quando alguém que nos importamos, que amamos se vai. Mas não tenho medo de dizer que hoje eu estou feliz pela morte dela justamente porque eu me importava. Espero que todos que a criticaram tanto saibam o quão são felizes por não terem uma alma inquieta como ela teve.

RIP Amy Winehouse.

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segunda-feira, abril 04, 2011

Aspirações

Aspiramos tanta coisa: bom emprego, casa bonita, grama verde, saúde, filhos (ou não), cachorros, gatos, papaguaios, boa comida e, por que não, dinheiro? Já sonhei com tanta coisa na minha vida! Nesse tempo de finalizações, conclusões e, principalmente, de decisões eu parei para pensar sobre isso. Será que é isso mesmo o que eu quero? Será que é esse o caminho? Será que eu posso mudar tudo e fazer diferente? Será?

Umas das características que sempre me rotulam é a determinação, que eu vou atrás do que eu quero. Mas e quando eu não sei o que eu quero? Toda essa força de vontade está focada em que?

Às vezes eu penso que apesar de saber o que eu quero eu segui caminhos muito tortos e complicados pra chegar lá. Apesar de todo marasmo e preguiça que me consomem eu não gosto de coisas fáceis. Gosto de desafios, de acordar às 5h e ir dormir à 0h, de pegar vários ônibus num dia, de morar na rua. Acredito que tudo que é fácil demais não dá prazer.

A verdade é que eu tenho medo de pensar (pior ainda de dizer) que o que eu quero é simples. É simplório mas não comum. Diferente ao ponto de não acreditarem que vem de mim, alguém tão ambicioso. Espero que um dia eu tenha coragem pra admitir o que eu sempre quis e, mais importante ainda, consiga realizar essas minhas aspirações malucas.




P.S.: Um agradecimento a dona Adele por me inspirar a escrever, além da conversinha pública via twitter da dona Deyse e seu Márcio Arthur sobre blogs.