terça-feira, agosto 02, 2011

July song

Mais de uma semana da morte da Amy é que eu finalmente resolvi ouvi-la. Aquela voz que me fez companhia nos últimos 3 anos em vários momentos, importantes ou não. Sim, eu me considero fã dela. Não por saber onde ela morava, o que ela fazia ou deixava de fazer quando não estava gravando músicas novas ou no palco, por acompanhar seus momentos de fraqueza (que eram muitos). Era fã daquela alma sofrida, que conseguia de uma forma belíssima transformar dor, amor, sofrimento, paz em músicas.

Confesso que fiquei bem triste quando soube de sua morte, depois da fase de não acreditar que poderia ser verdade. Tinha visto há poucos dias um vídeo da Dionne em que ela aparecia dançando daquele jeito desengonçado que sempre me fazia rir. Desde então evitei saber das notícias, de ouvir suas músicas.

Mas hoje quando pus meu cd favorito dela, o “Frank (2006)”, não senti mais aquela tristeza, mas uma felicidade que no início não entendi, mas logo percebi que era porque eu sabia que finalmente ela conseguiu a paz de espírito que ela sempre procurou (na maior parte das vezes nos lugares errados).

Lembrei de quando fiz um photoshoot inspirado no estilo dela; quando saío com aquela maquiagem característica; quando esqueci meu celular na sala de aula e não lembrava e pedi para me ligarem e “Know you know” ficou tocando durante quase toda aula de Direito Financeiro (porque eu não estava na sala); que eu nunca tiro as músicas dela do meu celular mas nunca enjoo.

Detesto pensar na morte com tristeza, é algo certo, que todos sabemos que irá acontecer, mas nos apegamos demais e achamos errado se sentir bem quando alguém que nos importamos, que amamos se vai. Mas não tenho medo de dizer que hoje eu estou feliz pela morte dela justamente porque eu me importava. Espero que todos que a criticaram tanto saibam o quão são felizes por não terem uma alma inquieta como ela teve.

RIP Amy Winehouse.

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