quinta-feira, abril 29, 2010

Mamãe girafa

Eu só seria mãe se eu fosse uma girafa. Logo quando nascem, os bebês levam uma queda de quase 2 metros pois a mamãe girafa nem se deita na hora do parto, é em pé mesmo. O bebê depois da queda, já tenta ficar de pé mas mamãe girafa ainda lhe dá leves chutes e o derruba de novo no chão. Ela faz isso para estimular o bebê levantar-se rápido, preparando-no para o ataque de predadores.

Cheguei aquela conclusão depois de passar uns tempos com meu sobrinho, filho da minha irmã Dannielle. O fato de nós seres humanos sermos tão dependentes por tanto tempo me incomoda tanto. Eu tive uma criação que me tornou muito independende desde pequena. Me incomoda precisar de alguém. Para completar, sou extremamente desconfiada.

Apesar disso tudo, percebi que eu estava mais preparada para casar e ter filhos que minha irmã mais velha. Como costumo dizer, fui “adestrada” para ser do lar. Aprendi tudo muito cedo, e sem perceber. A maioria como brincadeira de criança como brincar de casinha, de cuidar de bonecas; também por excesso de curiosidade como cozinhar, bordar; ou por necessidade como limpar casa, lavar e passar roupa.

Não pretendo ter filhos, como disse, só se meu filho já nascesse andando, bem independende da mama aqui. Mas pretendo casar, se pudesse casava amanhã, só pra poder sair daqui de casa. =)

Enquanto meu amor não se toca e me pede logo em casamento, continuarei minha vidinha pacata, treinando pra ser uma ótima esposa, principalmente seguindo as dicas da Amanda.

Ah, quanto ao post anterior, obrigada pelas palavras de apoio e eu acho que ainda não preciso de análise. Calma, meu povo, não é necessário me levar tão à sério, isso tudo passa, eu sei.

segunda-feira, abril 26, 2010

Mourning

É, eu estou de luto. Acabei de perceber o quanto de coisas que morreram. Foi um susto tão grande que caí no choro no meio de um estacionamento. Foi mais forte do que qualquer um possa imaginar.

Luto pelos meus planos. Tudo o que eu havia planejado foi-se. Não existe mais. Não passa de planos não concretizados. Não tenho sequer forças para pensar em novos planos. Estou levando, como jamais pensei que faria.

Luto pela minha determinação. Sim, ela morreu. Ela estava extremamente ligada aos meus planos. Sem planos, sem determinação.

Luto pela minha saúde. Sim, vivo doente. Principalmente minha saúde mental. Ela se foi. Não tenho mais discernimento como havia antes.

Luto pela minha inteligência. É, ela se foi. Não sou mais inteligente como eu era. Sou uma tonta, lerda, burra. E eu me odeio por isso pois o que eu mais tinha orgulho se foi.

Luto pela minha vida. Por mais chata que ela fosse, era vivível. Agora? Está quase insuportável. Não vamos comparar com a vida do povo depois do terremoto no Haiti, ou depois das inundações no Rio de Janeiro, ou os que convivem com a fome e com a AIDS na África, mas para o que eu tinha piorou e muito.

Acho que eu vou continuar esse luto até sair dessa casa, seja por ter me casado com um marido rico ou por ter coragem de virar hippie de uma vez por todas e vender biju na Praia Grande. =)